quarta-feira, 2 de março de 2011

Desafio 3

Terceiro dia - uma carta para quem quer que seja.

Bisa-avó,
Eu devo-te a ti, e só a ti, um grande obrigada e um grande pedido de desculpa. Obrigada por teres sido a melhor bisa-avó, e por teres sido para mim o que ninguém foi. Mesmo que cá não estejas, serás sempre a avó que eu mais desejava ter á minha beira, pela a minha vida fora. Arrisco a dizer, com o maior dos orgulhosos, que és a pessoa que mais me orgulho. Enquanto cá estiveste, cuidaste de mim, e trataste-me com todo o valor, e significado que tinha para ti. Fizeste provavelmente, o que mais ninguém faria, por apenas uma pessoa que não sabia que o teu dia estava tão perto. Eu era sonhadora, e não pensava nas consequências, pensaria que nunca irias sair daqui, pensaria que irias contar-me toda aquelas histórias de natal, todas aquelas histórias das praias de Moçambique, e o sabor dos mais deliciosos frutos que provaste. Tenho tantas saudades tuas que até dói. Desculpa. Desculpa pelas vezes que me pedias para te visitar e eu não fui, por preguicite aguda. Desculpa, por não te ter dado a atenção que tu merecias. Mas eu sei que tu me perdoas, porque lá no fundo, eu sei que tu estás aqui sempre a proteger-me com o teu escudo, que me afasta das setas que me querem travar o coração. Eu sei que olhas por mim no sítio em que estás, eu sei que me segues para todo o lado, e que quando eu peço muito para adormecer para aliviar a dor, tu deixas-me dormir. Eu sei que sempre que tenho uma boa atitude, mesmo não sabendo onde tu estás, tu estás a bater-me palmas e a orgulhar-te de mim. Eu sei que continuas a ter o teu coração de manteiga, e o MAIOR E O MAIS BONITO DE TODOS. Eu sei que por dentro dos teus olhos, que eu me lembro mais, estão as mais bonitas vistas. Eu sei que continuas com o mesmo tamanho que eu, e sorris muito ao ver-me. Ás vezes peço tanto que estejas cá, e peço tanto que te tragam até mim, num só segundo para me abraçar. Parabéns por tudo o que foste, minha grande e maravilhosa bisa avó. Gosto tanto de ti, e não é por já não conviveres comigo, que deixo de te amar.
Para sempre, avó.

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