sábado, 2 de abril de 2011

Bruna


Sabes, nunca fui capaz de escrever para ti, porque tinha imenso medo do que poderia dizer. Mas agora, tenho uma pequena noção do que deves ouvir. Sempre estiveste comigo, e sempre foste aquela com quem eu gostava de ter partilhado muito daquilo que também gostavas. Mas a verdade, é que quando construiamos esses sonhos todos, deixavamos tudo a meio, e sabes porquê? Eu também não sei, juro-te que não. Tentei mudar sempre tudo, e fazer-te e dizer-te tudo aquilo que ninguém te tinha dito. Mas também não consegui, ou melhor, conseguir conseguia, mas entrava-te a 100 e saia-te a 200. És sempre aquela rapariga que tem a auto-estima em alta, e a alegria sempre no máximo, e se calhar é por isso que eu gosto tanto de ti. Fazias-me sempre sentir um pouco mais criançinha. Fazias-me ver um lado meu, que jamais alguém conseguiu tirar de mim. Ainda bem que assim foi. Eu até gostava disso, e aprendi a viver assim, muito tempo. Sei que a metade culpa disto, de te ter perdido num abrir e fechar de olhos,  foi minha. Talvez porque deixei de te tentar lutar por uma coisa que jamais mudaria. Talvez porque tu não deixas que a verdade se infiltre na tua cabeça e coração. Será dificil pensares como eu, ou como uma pessoa mais crescida? Só gostava que tivesses mudado um pouco, e saberes bem daquilo que andavas a fazer. A sério que gostava. Mas esse é o problema, nunca soubeste ver tão bem quanto outra pessoa qualquer, quando as coisas têm de ser ditas. Tentei dizer-te isso vezes sem conta, e dizer-te que se algum dia isto nos afastava, provavelmente já nunca mais seria o mesmo. Esperei, e continuo á espera que um dia me venhas dar razão. Só gostava de te poder dizer, que tudo o que me fizeste pensar de ti, foi bom. E agora nestes tempos ando a refletir sobre isso, e ainda bem que isto aconteceu sabes? Assim, já podia ver se realmente aquilo que me dizias era verdade. Vivi numa ilusão contigo, não foi? Espero que saibas que foi a melhor ilusão que vivi. Agora, mesmo que não queiras, espero que te lembres que continuo sempre a mesma de sempre, e que me importo contigo. Estou sempre aqui, quando quiseres. Nunca me vou esquecer. Amo-te.

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