terça-feira, 29 de dezembro de 2015


A verdade é que: longas distâncias trazem curtas respostas.

Os quilómetros que, apesar de serem escassos, transformam-se em botas cansadas de percorrer tanto caminho. Caminho esse que não dá lugar a mais nada a não ser o que possui. Não renasce porque não é cuidado, não se mostra porque o seu encargo é ser camuflado. E sem mais nada, o tempo esvai-se sem dar conta do relógio e sem atender às lamentações daqueles que anseiam por ele. Os olhos, já retraídos e sem gota de surpresa, fecham-se ao embater na brisa que traz o mapa do real. O cinzento, o branco e o preto não se embrenham mais nem se sentam no bar acostumado ao sabor daqueles líquidos azedos que tanto nos davam que falar.

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